Cristiane Luz
Fico imaginando por qual razão eu me identifico tanto com os adolescentes. Acho que é porque eles possuem aquela sede de querer tudo, buscar tudo, de poder tudo, mas, ao mesmo tempo, eles são frágeis, incompreendidos e introvertidos.
E, não importa a geração, os conflitos são os mesmos... As buscas pela identidade perfeita são as mesmas, os altos e baixos também. Todos nós, como adolescentes, já passamos por isso em algum momento da nossa vida.
Identifico-me mesmo pela sede de viver que eles têm. Atiram-se de cabeça em seus desejos que, muitas vezes, os levam ao erro e à desilusão. Então, por pouco tempo, se reerguem e começam tudo novamente. Sem preguiça nenhuma de recomeçar, sem medo de errar de novo. São sempre impulsivos, desejam saborear a vida na sua intensidade, sendo ela a sua fruta favorita.
Ao me identificar com eles, mantenho o meu espírito jovial e, minhas metas tornam-se mais leves e tangíveis. Também tenho preguiça de ser séria.
“Meu Deus! Um gato!” — gritou a menina no volante ao desviar para não atropelar o pobre bichano.
“Meu Deus! Busque minha alma que ficou lá atrás!” — falou seu namorado assustado no banco do carona. Ele sentiu dois impactos: o susto com o grito dela e a preocupação de não ter machucado o animalzinho.
Apesar do susto, esse episódio foi encarado com descontração. Eles tinham a preguiça de serem sérios. Claro que todos ficaram bem, principalmente o gato que, logo, pulou para o muro mais próximo.
É sobre isso... Se estamos tranquilos, todos os problemas se tornam menores.
É o tipo de comportamento que sempre observo nos adolescentes.
E dançar na chuva também é tão juvenil...
Proponho sermos mais leves porque é de momentos felizes que estamos precisando e, felicidade são momentos.
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